CUIDAR DA VIDA E TRANSMITIR A FÉ
Igreja no Brasil realiza a Semana Nacional da Vida (SNV), de 1 a 7 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, no dia 8. A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da CNBB e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, lançaram o subsídio “Hora da Vida” 2013. Em sua 3ª edição, a publicação apresenta sete encontros, sugestão de Vigília de Oração pela Vida e de celebração de apoio na realização da SNV, que este ano tem como tema central: “Cuidar da Vida e Transmitir a Fé”.
A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Dia do Nascituro é um dia em homenagem ao novo ser humano, à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. A data celebra o direito à proteção de sua vida e saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio. O objetivo é suscitar nas consciências, nas famílias e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos.
Esperamos despertar um verdadeiro amor à vida humana, de modo que cada ser chamado à existência seja acolhido, respeitado em sua dignidade, valorizado e amado desde a concepção até a sua morte natural.
A vida humana é a realidade mais preciosa no nosso Planeta. O grande filósofo Pascal dizia que o valor de um ser humano é infinitamente superior ao valor de uma montanha de pedras preciosas e até mesmo de uma estrela feita inteiramente de metais preciosos porque ele tem a capacidade de perguntar-se: “quem sou eu?” “qual é a minha origem e qual o meu destino?” “qual é o significado desta minha existência?”. O Bem aventurado Papa João Paulo II afirmava: “O ser humano é objetivamente ‘alguém’ e nisto consiste o que o distingue dos outros seres do mundo visível que, por sua vez, objetivamente são sempre e somente ‘alguma coisa’.”
O eu humano é relação com o Mistério Infinito e descobre-se ‘pessoa’ pela relação com o Criador. Por isso, a pessoa é sagrada, portadora de uma dignidade inviolável. O beato Papa João Paulo II afirma: “Ninguém tem o direito de servir-se de uma pessoa, de usá-la como um meio, nem mesmo Deus seu criador”.
No entanto, sabemos que, nestes últimos tempos, a vida humana é desvalorizada, agredida e maltratada e, muitas vezes, a morte é apresentada como solução de problemas, como escolha legítima e sinal de progresso. Pelo contrário, nossa civilização foi construída apostando na vitória sobre a morte. Por isso a Igreja criou hospitais, leprosários, casas para acolher deficientes físicos e psíquicos e milhares de pessoas quotidianamente se dedicam a defender e promover a vida humana e sua dignidade. A família é o santuário da vida, afirmava João Paulo II.